Arwa al-Sulayhi

Arwā bint Aḥmad ibn Muḥammad ibn Jaʿfar ibn Mūsā Aṣ-Ṣulayḥī
Malicá (em árabe: مَلِكَة, translit. Rainha)
Arwa al-Sulayhi
Mausoléu de Hurrat-ul-Malaika Arwa na Mesquisa Rainha Arwa em Jibla, no Iêmen
Nascimento 1048
  Jabal Haraz, Iêmen
Morte 5 de maio de 1138 (90 anos)
  Jibla, Iêmen
Marido
Casa Dinastia Sulaída
Pai Ahmad ibn al-Qasim al-Sulayhi
Mãe al-Raddah al-Sulayhi
Religião Islamismo

Arwa al-Sulayhi, nome completo Arwā bint Aḥmad ibn Muḥammad ibn Jaʿfar ibn Mūsā aṣ-Ṣulayḥī (em árabe: أَرْوَى بِنْت أَحْمَد ابْن مُحَمَّد ابْن جَعْفَر ابْن مُوْسَى ٱلصُّلَيْحِي; Jabal Haraz, 1048Jibla, 5 de maio de 1138) foi uma rainha e governante iemenita, primeiro como co-governante ao lado de dois maridos e depois como governante integral de 1067 até 1138.

Arwa foi a última dos governantes da Dinastia Sulaída e também a primeira mulher a receber o prestigiado título de Hujja, usado dentro do Ismaelismo para se referir a um único indivíduo em qualquer era humana que representa a "prova" da existência de Deus para a humanidade.[1] É popularmente chamada de As-Sayyidah Al-Ḥurrah (em árabe: ٱلسَّيِّدَة ٱلْحُرَّة, lit. 'A Nobre Dama'), Al-Malikah Al-Ḥurrah (em árabe: ٱلْمَلِكَة ٱلْحُرَّة ou Al-Ḥurratul-Malikah (em árabe: ٱلْحُرَّةُ ٱلْمَلِكَة, lit. 'A Nobre Rainha') e Malikat Sabaʾ Aṣ-Ṣaghīrah (em árabe: مَلِكَة سَبَأ ٱلصَّغِيْرَة, lit. 'Pequena Rainha de Sabá').[2]

Como soberana e como mulher, Arwa tem uma posição quase única na história: embora houvesse mais monarcas no mundo muçulmano internacional, Arwa e Asma bint Shihab foram as únicas monarcas no mundo árabe muçulmano a ter o Khutba, o último reconhecimento do status monárquico muçulmano, proclamado em seu nome nas mesquitas. Ela fundou várias mesquitas, a mais proeminente é a Mesquita da Rainha Arwa em Jibla.[1][3]

Arwa foi a primeira rainha governante do mundo muçulmano.[1] Através de seu título de Hujjah, ela é a única mulher muçulmana a exercer autoridade política e religiosa por direito próprio.[2][4] Rainha construtora, construiu estradas, escolas e mesquitas, desenvolvendo a economia do reino e apoiando a sua agricultura. Enviou missionários à Índia, onde promoveu o estabelecimento de comunidades ismaelitas, em especial na região do Gujarat.[5]

Sua carreira política basicamente pode ser dividida em quatro partes. A primeira abrange o período de seu casamento com al-Mukarram Ahmad em 1065 até a morte de sua sogra, Asma, em 1074. Durante esse período, não há evidências de que ela detinha algum poder político. A segunda começa após a morte de Asma, e Ahmad começou a delegar todo o poder a Arwa naquele ponto até sua morte em 1086. Terceiro, após sua morte, Arwa exerceu o poder como rainha-mãe de seu filho Abd al-Mustansir, e ela também foi ordenada por al-Mustansir a se casar com Saba' al-Sulayhi (embora nunca consumado) para legitimação e em seguida foi indicava consorte mesmo que ainda detivesse poder real. Finalmente, após a morte de Saba em 1097 ou 1098, Arwa reinou como única governante por direito próprio, sem nenhum homem no comando.[4]

  1. a b c «Arwa al-Sulayhi: The Longest Reigning Queen of Yemen». Arab America. Consultado em 5 de novembro de 2022 
  2. a b Haeri, Shahla (2020). The Unforgettable Queens of Islam. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 89–105. ISBN 978-1-107-55489-4 
  3. Mernissi, Fatima; Lakeland (tradutora), Mary Jo (2003). The forgotten queens of Islam. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-579868-5 
  4. a b El-Azhari, Taef (2021). Queens, Eunuchs, and Concubines in Islamic History, 661-1257 (PDF). [S.l.]: Edinburgh University Press. pp. 196–252. ISBN 9781474423199. Consultado em 30 de outubro de 2022 
  5. «Arwa al-Sulayhi, reine du Yémen pendant 40 ans». Histoire per les femmes. Consultado em 5 de novembro de 2022 

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